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OCASO NO SACO - Via nova no Bauzinho

Dia vinte e cinco de julho de dois mil e dezenove eu e o Márcio Santos terminamos a via OCASO NO SACO na Pedra do Bauzinho, entre as vias "V" de Vitória e a Estica Que Dá.

Durante a conquista de nossa via anterior (A Árvore) usamos técnicas artificiais para a colocação das proteções fixas, mas toda progressão foi feita com escalada em livre, ou seja, usando apenas agarras naturais. Dessa vez precisamos progredir usando cliffs de buraco e de agarras. Acreditamos que seja necessário usar essa técnica na repetição. Dessa forma, quando colocamos, no croquí, um grau de escalada em livre essa escalada é obrigatória. Esse comentário se refere exclusivamente ao primeiro largo onde a escalada em livre se mistura com técnicas verticais caracterizando assim a Escalada Assistida.

O segundo largo apresenta escalada fácil e proteções naturais em abundância, a parada é feita em uma árvore no enorme platô no meio do Bauzinho.

Para iniciar o terceiro largo os escaladores encontrarão uma parada bem no canto direito do platô. Depois de escalar para a direita até uma chapa o escalador vai encontrando o caminho sempre tendendo à esquerda, esse largo ainda tem mais duas proteções fixas além de algumas colocações móveis.

Depois de algo em torno de cinquenta metros o escalador chega em outro platô com mato onde encontrará uma parada.

O quarto e último largo faz um "S" na parede, de forma que costuras longas são necessárias, ou mesmo corda dupla. Começa com uma escalada fácil e alagumas proteções móveis, logo depois da única proteção fixa o escalador vai acessar uma fenda que vai até o cume, terminando com um belo e aéreo diedro (provavelmente o crux da via alcançando sexto grau).

Apesar de o nome ser um palíndromo a via não precisa ser escalada e desescalada, evitamos colocar a parada muito perto do cume, pois trata-se de um largo longo e pode dificultar a comunicação e a segurança do segundo, mas o acesso é fácil. O rapel pela linha é possível, mas precisa de duas cordas além de muita disposição para puxar a corda.

De uma forma geral essa via é um pouco mais desafiante do que A Árvore, não tanto pela dificuldade técnica da escalada, pois nesse quesito são equivalente, mas sim pelas técnicas necessáris no primeiro largo e passagens um pouco mais aéreas nos dois últimos.

Ainda não repetimos a via, o que inclui um pouco mais de aventura nos interessados e imprecisão no croqui. Vamos divulgar dessa forma, pois sabemos que o nível dos escaladores locais tem aumentado bastante. Espero que gostem.

Boas escaladas,

Cristiano Vianna


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